2 de nov. de 2022

O período de eleições em uma perspectiva libertária

A histeria coletiva em torno de candidatos durante a período eleitoral, ou a festa da demogracinha, torna o autêntico libertário um ser ainda mais deslocado do que já é.


Mas como diria aquela máxima do velho von Mises; ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão.


E nisso, acredito que é justamente durante o período de eleições que muitos libertários acabam refletindo melhor sobre o campo de possibilidades no tocante ao combate da ideia de estado.


Ao estudar parte da literatura disponível que demonstra por A + B que o estado é uma quadrilha de ladrões, uma entidade completamente arbitrária e prejudicial ao direitos individuais, a questão que até então nenhum autor parece ter sido capaz de responder de forma satisfatória consiste no seguinte:


Não seria a historia da humanidade prova o suficiente de que o estado não funciona? Então, como diabos uma sociedade pode ansiar por um super-homem, um governante capaz de resolver todos os problemas, mas que nunca vai existir? Porque quase a totalidade das pessoas defendem o poder estatal, inclusive em níveis extremos?


Essas sempre foram perguntas que ficaram no ar entre uma leitura e outra, até que um dia me deparei com Alexander Soljenítsin em "O Arquipélago Gulag".


Depositamos muita esperança nas reformas políticas e sociais, apenas para descobrir que estamos sendo privados de nosso bem mais precioso: nossa vida espiritual - Alexander Soljenítsin.

Imagine algo pior que o nazismo: parece impossível, mas não é, já que o modus operandi da União Soviética conseguiu ser tão brutal e desumano quanto o nazismo, e não parou por aí, pois acabou matando 35 milhões (isso somente os números contabilizados), quase duas vezes mais do que a Alemanha nazista.


A sorte é que o Soljenítsin sobreviveu e documentou todos os horrores do comunismo soviético. O azar é que nossos professores foram omissos nessa parte.


Enfim, tudo que é o mais desumano possível foi feito pelo estado, e em nome do estado. 


E se mesmo depois do Soljenítsin a ideia de estado ainda não ruiu, chegamos a conclusão de que se trata de uma luta perdida. 


É impossível. O homem sempre irá cair na falácia estatal e ainda irá defendê-la.


E já que é impossível vencer a ideia de estado, o máximo a ser feito é travar a luta no campo individual. Como? Buscando melhorar como pessoa a cada dia.


As maiores conquistas humanitárias foram produzidas por indivíduos. 


Então, independentemente da politica econômica, de quem esteja no poder e etc, a ideia é fazer aquilo que tem que ser feito (ou no mínimo, o que PODE ser feito).


Qualquer outra discussão é perca de tempo.

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