Em Mostre Seu Trabalho! - Show Your Work! Austin Kleon (mesmo autor de Roube como um artista) elenca 10 maneiras de compartilhar sua criatividade e ser descoberto, dentre as quais cito os principais insights que sem dúvida influenciaram meu processo de produção de conteúdo na internet.

SHOW YOUR WORK!

Nunca foi tão fácil fazer parte de um nicho. A internet é basicamente um aglomerado de nichos, todos conectados e ao mesmo tempo dissociados de qualquer barreira geográfica.

Blogs, redes sociais, sites, fórum de discussões, o YouTube, todos eles são a mesma coisa: plataformas virtuais em que as pessoas utilizam para falar e discutir assuntos de seu interesse.

E não há barreira para entrar nesses nichos e fazer parte da discussão. Não é necessário ser rico, famoso, ter um diploma ou um curriculum para criar e compartilhar conteúdo sobre qualquer assunto. 

Na internet, do mestre ao aprendiz, do expert ao amador, todos possuem a mesma habilidade de contribuir com algo.

A melhor maneira de começar a compartilhar o seu trabalho e atrair pessoas de interesse em comum é definindo o que você quer aprender para então começar a compartilhar seu processo de aprendizado na frente de outras pessoas. 

Preste atenção naquelas pessoas que já criam conteúdo no nicho de seu interesse e tome notas daquilo que elas não estão compartilhando ou produzindo. 

Dessa forma você pode contribuir produzindo algo único, do seu modo, independentemente do quão ruim possa parecer a qualidade das suas primeiras publicações. 

É preciso superar o medo inicial da falta de expertise ou profissionalismo. Portanto, abrace o amadorismo e siga em frente com uma publicação de cada vez. 

Compartilhe aquilo que você ama e acredita, até que as pessoas que amam essas mesmas coisas comecem a encontrar seu conteúdo. 

UTILIZE O MEMENTO MORI PARA FAZER A MÁGICA ACONTECER!

Pessoas que experenciaram situações de vida ou morte geralmente são acometidas de feitos fantásticos logo após de tais acontecimentos, justamente pelo fato de que deram conta que a vida é muito curta para se esperar que as coisas aconteçam. 

Ocorre que experiências de vida ou morte não é algo do tipo que uma pessoa em sã consciência possa infligir a si mesmo. Mas nada impede de nos lembrarmos de que um dia, inevitavelmente, iremos morrer. Game over! 

Assim, uma forma interessante indicada pelo autor para destravar barreiras psicológicas (medo, ansiedade, vergonha) que impedem o início da produção de conteúdo, é o utilizar-se do memento mori. O Steve Jobs explica melhor:

Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração. – Steve Jobs.

Se esse insight não for o suficiente para afastar suas crenças limitadoras, nada mais será.

STORYTELLING APLICADO AO PROCESSO DE CRIAÇÃO

Ao analisar os perfis os quais você mais se interessa, é notável que aquela pessoa esteja utilizando as redes sociais como um meio de mostrar os bastidores do seu trabalho, o que torna o conteúdo interessante e proporciona um maior engajamento com os seguidores.

Se você pretende se tornar um(a) advogado(a), por exemplo, é como se existisse uma linha do tempo em que o você sai do ponto A, com o objetivo de chegar ao ponto B, e nesse interim existem vários desafios os quais deveram ser superados (estudo, aquisição de material, atividades em geral, o deslocamento, a prática necessária, as avaliações e etc).

As pessoas amam histórias, e toda história possui uma estrutura: início, meio e fim.

Então se você compartilhar sua trajetória, publicando de forma consistente conteúdos relacionados aos seus objetivos, suas paixões, isso irá acabar criando uma relação com o público o que abre todo um leque de possibilidades.

Deixando de lado nosso e compartilhando o processo, acabamos por permitir inclusive que outras pessoas se beneficiem do conteúdo criado e até mesmo tenham interesse no produto ou trabalho que estamos desenvolvendo.

Além disso, será possível visualizar o próprio desenvolvimento do trabalho, tornando mais claro o que pode ser aprimorado e quais caminhos podem ser perseguidos!

PRODUZA TODOS OS DIAS

Para resolver o problema da criatividade, um valioso insight retirado do livro consiste no método de documentar (capturar) pedaços das atividades diárias, ainda que rotineiras. 

Ao final de cada dia, você terá uma biblioteca de pequenos vídeos, fotos, e anotações, que podem facilmente virar um ótimo conteúdo a ser compartilhado.

As redes sociais são plataformas perfeitas para esse tipo de conteúdo. Escolha aquela de maior familiaridade, levando em consideração seus projetos e as pessoas com as quais pretende compartilhar o seu trabalho.

ABUSE DO RASCUNHO

Nem sempre teremos segurança se esse ou aquele conteúdo valerá a pena ser compartilhado, e nesses casos é possível utilizar a ferramenta de rascunho, em que as redes sociais salvam determinada publicação, ficando ao seu critério publicá-la ou não posteriormente.

Assim, aqueles conteúdos os quais não temos certeza da sua utilidade devem enfrentar o teste do tempo.

Não há nada de errado em guardar coisas para mais tarde. O botão de SALVAR COMO RASCUNHO é profilático – talvez não dê o melhor resultado no momento, mas no dia seguinte você ficará feliz de ter usado.

CRIE O SEU SITE

Redes sociais são ótimas, mas elas vêm e vão. Se você está realmente interessado em dividir o seu trabalho e se expressar, nada melhor do que ter o seu próprio espaço online, um lugar que você tem total controle, que ninguém pode tirar de você, e que sempre está disponível para que pessoas possa encontrá-lo.

Portanto, a importância de registre um domínio com seu nome: www.[coloqueseu nome aqui].com. 

Se o seu nome for comum, ou se não gostar dele, invente um pseudônimo ou apelido para registrar. Depois compre uma hospedagem e construa um site. 

Não é necessário sequer saber programar para colocar seu site no ar, já que existem várias plataformas que permitem a configuração do site em poucos minutos

Não pense no seu blog como uma máquina de autopromoção, mas como uma máquina de se autoinventar. Online, você pode ser a pessoa que realmente deseja ser.

Preencha o site com seu trabalho, suas ideias e as coisas que lhe interessam.

A histeria coletiva em torno de candidatos durante a período eleitoral, ou a festa da demogracinha, torna o autêntico libertário um ser ainda mais deslocado do que já é.

Mas como diria aquela máxima do velho von Mises; ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão.

E nisso, acredito que é justamente durante o período de eleições que muitos libertários acabam refletindo melhor sobre o campo de possibilidades no tocante ao combate da ideia de estado.

Ao estudar parte da literatura disponível que demonstra por A + B que o estado é uma quadrilha de ladrões, uma entidade completamente arbitrária e prejudicial ao direitos individuais, a questão que até então nenhum autor parece ter sido capaz de responder de forma satisfatória consiste no seguinte:

Não seria a historia da humanidade prova o suficiente de que o estado não funciona? Então, como diabos uma sociedade pode ansiar por um super-homem, um governante capaz de resolver todos os problemas, mas que nunca vai existir? Porque quase a totalidade das pessoas defendem o poder estatal, inclusive em níveis extremos?

Essas sempre foram perguntas que ficaram no ar entre uma leitura e outra, até que um dia me deparei com Alexander Soljenítsin em "O Arquipélago Gulag".

Depositamos muita esperança nas reformas políticas e sociais, apenas para descobrir que estamos sendo privados de nosso bem mais precioso: nossa vida espiritual - Alexander Soljenítsin.

Imagine algo pior que o nazismo: parece impossível, mas não é, já que o modus operandi da União Soviética conseguiu ser tão brutal e desumano quanto o nazismo, e não parou por aí, pois acabou matando 35 milhões (isso somente os números contabilizados), quase duas vezes mais do que a Alemanha nazista.

A sorte é que o Soljenítsin sobreviveu e documentou todos os horrores do comunismo soviético. O azar é que nossos professores foram omissos nessa parte.

Enfim, tudo que é o mais desumano possível foi feito pelo estado, e em nome do estado. 

E se mesmo depois do Soljenítsin a ideia de estado ainda não ruiu, chegamos a conclusão de que se trata de uma luta perdida. 

É impossível. O homem sempre irá cair na falácia estatal e ainda irá defendê-la.

E já que é impossível vencer a ideia de estado, o máximo a ser feito é travar a luta no campo individual. Como? Buscando melhorar como pessoa a cada dia.

As maiores conquistas humanitárias foram produzidas por indivíduos. 

Então, independentemente da politica econômica, de quem esteja no poder e etc, a ideia é fazer aquilo que tem que ser feito (ou no mínimo, o que PODE ser feito).

Qualquer outra discussão é perca de tempo.